Esta reflexão me fez lembrar de vários exemplos nas empresas de projetos que foram por água abaixo.
A inspiração deste artigo foi obtida de Cleila E. Lyra, em sua obra: Psicologia, Coaching, Fronteiras (2020) e na página 39, citando um provérbio chinês, diz: “se o homem errado usar o meio correto, o meio correto atuará de modo errado”.
Ela finaliza que essa ideia vale tanto para o homem errado quanto aquele com intenção errada, ou ainda, para o homem ingênuo, sobre para quem está fazendo o que faz.
Em artigos anteriores mencionamos que o profissional a ser contratado deve estar alinhado com o momento empresarial: crescimento, sobrevivência e manutenção, bem como ter valores convergentes com a organização e perfil comportamental alinhado aos de seu respectivo chefe e pares.
Um dos casos que evidenciamos foi o de um dirigente que se reputava como conhecedor de tudo no seu segmento de atividade e que havia construído a empresa do zero, chegando faturar milhões de dólares naquele momento.
Apesar dos processos competentes de recrutamento e seleção, entrevistava os candidatos dentro de sua ótica, definindo as contratações de acordo com a sua capacidade de acatar às suas decisões. Diante disso, quando os negócios andavam bem, ele tinha os louros e quando não dava certo, cobrava o gestor da área, terceirizando a culpa. O turnover era altíssimo nos cargos de direção e ele culpava o RH por não trazer candidatos competentes, terceirizando a culpa.
Outro exemplo foi a transferência de um CEO de um país latino-americano para o Brasil, com viés político; esse país latino-americano faturava o equivalente a uma pequena filial da empresa no Brasil e, apesar de um profissional de sucesso, bom gestor de pessoas, não conseguiu atender à demanda e foi demitido. Infelizmente, ele se sentiu iludido com a possibilidade de crescimento profissional de forma abrupta e talvez devesse ser preparado para a função no Brasil, de forma gradativa de crescimento.
Deixamos aqui o alerta para as contratações de executivos que devem estar alinhados ao momento da empresa, seus gestores, tendo o homem certo para usar o meio correto.