A INFLAÇÃO NO PREÇO DOS ALIMENTOS EM NOVEMBRO/20

SUA EMPRESA CONTINUA A PERDER DINHEIRO NOS REAJUSTES DE PREÇOS?

UM CONVITE À REFLEXÃO

 

  1. Introdução

A JLucentini – Consultores Associados mensalmente presta informação qualitativa a respeito da inflação dos gêneros alimentícios, sendo novembro o terceiro mês de apuração.

Nossos comentários, além dos itens componentes da inflação, analisam os impactos versus o reajuste de preços de contratos que tomam como base indicadores IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que nunca refletem o crescimento real de seus custos. Consequentemente, a margem de lucro cai e para manter a lucratividade as empresas acabam diminuindo a qualidade de seus cardápios, gerando insatisfação de seus clientes.

É um fato que temos evidenciado em todas as nossas consultorias, que denominamos como “círculo vicioso”. A insatisfação, cedo ou tarde, leva à ruptura do contrato.

 

  1. Metodologia

A coleta de dados refere-se a preços médios e à vista em três grandes atacados da Grande S. Paulo, tomando-se um cardápio-base composto por itens componentes do desjejum, almoço, lanche e jantar. O objetivo é avaliar o preço à vista, pois de forma geral, quando as empresas de alimentação requerem aumento de pagamento ou rebates, os fornecedores nem sempre possuem margem de lucro que suporte esses custos adicionais, repassando-os, portanto, aos seus respectivos preços de venda, com cálculo por dentro, acrescentando impostos e margem.

Recomenda-se que as áreas de compra possuam metodologia que determine o melhor preço econômico de compra.

 

  1. Comentários sobre a inflação

A inflação média ponderada do mês de novembro perfez 4,3% no acumulado de outubro, que foi nosso segundo mês de medição, e em novembro atingiu 8,0%.

A grande maioria da base do cardápio continua a pressionar o custo das empresas de alimentação. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o maior peso foi do setor de alimentos e bebidas, que acumula alta de 12,12% no ano. Itens como carne (que subiu 4,89%) e arroz (8,29%) continuam com alta nos valores, e itens essenciais como o tomate (19,89%) e óleo de soja (14,85%) também registraram alta nos preços neste mês.

O alto preço das carnes devido à maior demanda pela China, acompanhada da desvalorização do real frente ao dólar, levaram ao aumento no mês de novembro. Houve também incentivo à exportação, restringindo a oferta interna, elevando o preço dos produtos.

Os índices por família de produtos apurados pela nossa consultoria são de 4,3% no mês de novembro/20, e no acumulado setembro a novembro perfez 8%.

  1. Tendência dos preços dos insumos no curto prazo

O final do ano é atípico devido ao aumento no consumo de gêneros alimentícios em geral, devido às festas de fim de ano.

A volatilidade nos preços nos LFV (legumes, frutas e vegetais) tem grandes probabilidades de gerar aumento nos preços e queda na qualidade – dois fatores que aumentarão o “custo do prato”, devido às as altas temperaturas e à escassez de chuvas em áreas produtoras.

O PIB do terceiro trimestre/20 atingiu 7,7%, percentual muito expressivo, decorrente da manutenção da ajuda proporcionada pelo governo aos mais necessitados, além de políticas financeiras de apoio às empresas. Portanto, é provável que o PIB acumulado em 2020 seja muito inferior ao previsto no início da pandemia (menos 7%), e oscile entre menos 1% e 2% – que é a previsão de nossa consultoria.

A retomada da produção das empresas é perceptível à falta de insumos, devido à baixa produção durante o período de pandemia, o que ocasionará repasses nos preços da indústria ao atacado e comércio em geral influenciado, ainda, pela volatilidade do real frente à moeda americana (dólar), impactando nos preços das commodities em geral.

5. Seu lucro está sendo consumido pela falta de controle nos reajustes de preços

Para a sua reflexão, seguem a seguir alguns índices de inflação oficiais que corroboram com o nosso artigo.

Se, por um lado, a inflação nos custos dos insumos atinge percentuais elevados, o reajuste de preços dos produtos e serviços de alimentação são muito inferiores, o que ocasiona um desperdício invisível que está consumindo o seu lucro.

Diante dessa falta de análise e entendimento as empresas em geral podem estar mudando o cardápio que, em geral, proporciona insatisfação e grande possibilidade de erosão de clientes.

Observe nos quadros comparativos a seguir:

  1. Índices de reajustes de preços praticados pelas empresas de alimentação
Índices Outubro/20Acumulado Jan/Out/20
IPCA0,86%2,22%
INPC0,89%2,95%
IPC – FIPE Nov201,03%4,79%

 

Em seguida, os principais índices que influenciam no custo da matéria-prima utilizada na preparação das refeições e alimentos. Isso pode ser identificado em sua própria casa, quando você vai ao supermercado ou quando identifica em sua contabilidade pessoal no valor que evoluiu o seu dispêndio doméstico em alimentação.

Como o cálculo de inflação de nossa consultoria compreende o período setembro a novembro (8%), temos constatado que ela está alinhada aos índices de preços publicados, que resumimos na sequência.

Por outro lado, o seu reajuste de preços aplicado ficou muito abaixo disso, além de você poder ter considerado um “descontinho” no indicador.

 

  1. Índices nos preços do atacado – publicações na imprensa.
Índices – Preços M PrimaOutubro/2020Acumulado Jan/out/20
IPA – Índice Preços Atacado – DI4,9%26,6%
IPA – Agro DI9,5%44,5%
IPA – Preços Industriais3,0%20,3%
IGP-DI3,7%19,0%

 

Alguns economistas comentam que os índices de inflação em determinado momento se cruzam e chegam ao mesmo ponto. Em nossa experiência como consultores na área, temos evidências de que isso nunca ocorre na alimentação e as empresas do segmento empresarial e de varejo têm tido esse problema há muitos anos.

Se sua empresa está em situação similar aos pontos enumerados neste artigo (queda de lucratividade, insatisfação de clientes, inflação interna superior aos índices de repasse de preços, operação de logística e de distribuição, clientes ou operações com prejuízo, dentre outros aspectos), não deixe de contatar a JLucentini – Consultores Associados.

Nossa experiência permitirá ajudar a sua empresa a encontrar a melhor relação custo-benefício.

 

Cordial abraço,

José Carlos Lucentini, Msc.

CEO

 

 

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