IMPACTOS NO LUCRO DAS EMPRESAS DE ALIMENTAÇÃO
A JLucentini Consultores Associados passa, a partir deste momento, a divulgar a inflação de gêneros alimentícios, sendo setembro o primeiro mês de apuração.
A coleta de dados refere-se a preços médios e à vista em três grandes atacados da Grande São Paulo, tomando-se um cardápio base.
Ressalta-se que ao auferir prazos de pagamento maiores os fornecedores direta ou indiretamente repassam isso à empresa de alimentação. Portanto, o preço à vista é uma forma equitativa de comparação.
O nosso principal objetivo é orientar às empresas de alimentação e de varejo que não mensuram a sua inflação interna e têm seus reajustes de preços por indicadores como IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que nem sempre refletem o crescimento real de seus custos, o que acaba reduzindo a lucratividade.
No caso de dúvidas ou esclarecimentos, não deixe de nos contatar!
Cordialmente,
José Carlos Lucentini, CEO.
COMENTÁRIOS
A queda no consumo dos bares e restaurantes que permaneceram fechados em grande parte da quarentena, mesmo com o consumo das famílias nos supermercados, gerou uma redução geral do consumo.
Diante disso, a desvalorização do real perante o dólar americano tornou a exportação de matéria-prima brasileira mais barata para os países consumidores, como a China, que retomou gradativamente suas atividades e consumo. Consequentemente, o custo interno no Brasil aumentou, por competir com os preços de exportação.
Isso ocorreu principalmente com a proteína bovina, o arroz, que teve uma exportação muito acima do ano anterior, e devido à entressafra a produção interna não cobriu a demanda.
Quanto ao pão francês, teve a alta nos preços do trigo por conta da oferta restrita, alta do dólar e, ainda, pelo efeito Argentina, que produz 80% do trigo utilizado no Brasil. Ainda, a exportação da soja, frutas e café afetou os custos do óleo de soja.
A inflação apurada atingiu a 3,0% no mês de setembro, comparativamente à base de agosto/2020. O nosso cardápio compreende: café da manhã, almoço e sopa, sem inclusão de produtos embutidos, e teve a seguinte variação:
A falta de chuvas e a temperatura mais elevada que o normal em praticamente todas as regiões do país prejudicou a produção dos LFV (legumes, frutas e verduras) e gerou alta de preços nesses produtos nos principais centros consumidores do país, além de que, sazonalmente, a tendência é que o consumo desses itens aumente no calor. Segundo, o índice CEAGESP, com uma cesta de mais de cem produtos, comercializados no entreposto de São Paulo, o indicador apontou alta de 3,2% e as folhosas no campo resultou em acréscimo de 9,2%, em média. O índice CEAGESP informa também, segundo o Jornal Valor Econômico de 07/10/20, que a variação dos últimos quatro meses perfez 12%. Quanto ao tomate, o que ocorreu foi a diminuição nos plantios das áreas que estavam sendo colhidas, segundo o site hfbrasil.org.br.
O suco de polpa também sofreu deste impacto climático; regiões produtoras e também a exportação influenciaram para a menor disponibilidade dos produtos, o que puxou as cotações para cima (Fonte: Abrafrutas.org).
A inflação de 3,00% demonstrada diminui drasticamente a lucratividade das empresas de alimentação empresarial e de varejo. Na primeira, os preços são reajustados anualmente por índices de preços (IPCA, INPC), que são muito inferiores aos da inflação real de custos, consumindo margem das UANS (Unidades de Alimentação e Nutrição) e, quanto ao varejo, o reajuste de preços tem que ser de forma gradativa, cuja grande preocupação é a retomada da captação de clientes, com diminuição da ociosidade que, muitas vezes, obriga a conceder descontos e manter preços.
A JLucentini Consultores Associados pode te ajudar a melhorar o resultado econômico de sua empresa, nos processos de formação de custos e preços de venda, de forma balanceada, permitindo auferir e manter lucro sustentável.
Não deixe de nos contatar.
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